sábado, 17 de dezembro de 2011

é o fim do Pai Natal


Com o fim de subsídios de férias e o 13º mês,é o fim do Pai Natal tal como o conhecemos.. Por um lado, acho muito bem. As pessoas têm de começar a entender que não pode ser só gastar. Mas infelizmente, é essa a mentalidade do portugês. Usam e abusam do dinheiro que não têm, só para não ficarem atrás dos vizinhos, que por sinal também gastam o imaginário e depois passam o ano a queixar-se que estão na banca rota. Por isso, metam uma coisa na cabeça de uma vez por todas. Se não há dinheiro e o país está em crise, e que tal aprenderem a poupar em vez de aprenderem a gastar o que não existe? Quando já não tiverem nem um cêntimo para colocarem alimentos nas vossas mesas ou para pagarem o vosso tecto, aí sim...não se venham queixar. As crianças continuam a acreditar no Pai Natal se em vez de terem vinte jogos de Playstation tiverem só um. E quanto a vós, adultos, percebam que não é uma boa altura para se festejar o Natal como o viviam há meia dúzia de anos atrás. Deveríamos recuar séculos para perceber como é viver o verdadeiro espírito Natalício. Que tal experimentarem fazer uma Boa Acção em vez de comprar uma Boa Prenda? É bom na mesma e pode sair muito mais em conta. Pensem nisso e tornem-se vocês um Pai Natal diferente do que estamos habituados a ver.
E por favor, parem de se queixar... e comecem a agir!

Ah e já agora um Feliz Natal a todos :)

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

out of reach

Knew the signs
Wasn't right
I was stupid for a while
Swept away by you
And now I feel like a fool
So confused,
My heart's bruised
Was I ever loved by you?

Out of reach, so far
I never had your heart
Out of reach,
Couldn't see
We were never
Meant to be

Catch myself
From despair
I could drown
If I stay here
Keeping busy everyday
I know I will be OK

But I was
So confused,
My heart's bruised
Was I ever loved by you?

Out of reach, so far
I never had your heart
Out of reach,
Couldn't see
We were never
Meant to be

So much hurt,
So much pain
Takes a while
To regain
What is lost inside
And I hope that in time,
You'll be out of my mind
And I'll be over you

sábado, 5 de novembro de 2011


Friday night: dreaking hot chocolate, reading a great book and listening wonderful blues. What else? :)

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A ti, mana

Quando pequeninas, nada havia que nos separasse. Perseguíamo-nos uma a outra, como se ninguém mais houvesse no mundo. Tudo chegava para nós. As brincadeiras durante o banho, as risadas durante a noite, os passeios de bicicleta, os jogos no quintal dos avós… Todas as oportunidades eram boas para serem passadas na companhia uma da outra. Eis que entretanto chega a mais pequenita. Um Nenuco novo para tratar de nos distrair. Logo a acolhemos também no nosso mundo que chegava para preencher as nossas manhãs sem escola. Nesta altura devo admitir, que o Mundo era para mim, uma pequena esfera luminosa que pousava sobre a tua mesinha de cabeceira.

Os anos passaram e a união continuou no nosso meio. Com as nossas loucuras, discussões, birras... tudo fazia parte do nosso crescimento em irmandade. Começamos a crescer, mas nunca deixamos de brincar. Qualquer altura era boa para uma grande gargalhada e para fazermos toda a família feliz.

O Mundo começou então a esticar. Braga, Antuérpia e por fim Austrália. Cada etapa foi (e é) de extrema importância para ti… Mas temos admitir que cada vez ficou mais difícil a separação. A distância apesar de grande, parece dobrar a cada quilómetro. Mesmo longe, sei que estás sempre perto. Mas há sempre dificuldade em ultrapassar a barreira que transforma o perto em longe… a saudade!

Quem me dera poder ter estado contigo neste dia tão importante para ti. Há um quarto de século que contribuis para um mundo melhor. Todo o Mundo devia agradecer-te por isso. Cada pessoa que te conhece, está agradecida por fazeres parte da vida dela e por ter tido oportunidade de te conhecer. Continua a seres como és na vida.

Com isto tudo queria só dizer-te que és das pessoas que mais amo neste mundo e que mais do que irmãs de sangue ou de nome, somos irmãs de coração. E nisto, acho que posso falar em nome da Kikas também. Agora, sendo um pouco egoísta…volta para a nossa beira :’) Temos imensas saudades.

Amo-te muito manusca*

Parabéns!








sábado, 22 de outubro de 2011

Viver

Viver não é um capital

Que se possui

É um nascimento

que levamos dentro

É preciso dar à luz a sua própria vida.

Viver

É tomar a iniciativa

servindo-se

dos seus próprios limites.

Assim, viver

é vindimar o seu cacho

de oportunidades

na vinha da Aventura.

O caminho transforma-se em casa

E o homem em nómada.

Ninguém pode viver por nós.

Nem há automóvel

que nos leve a viver.

Viver é um caminho

que só se faz a pé...

Viver é bater-se

passo a passo

dia e noite,

hora a hora

para expulsar

o homem velho

a dar lugar ao Homem Novo.




Pepe, sigue vivo con nosotros :') RIP*


terça-feira, 11 de outubro de 2011

Pedras no caminho?


"Em tempos antigos, um rei mandou colocar um enorme pedregulho num caminho. Depois escondeu-se e ficou a ver se alguém retirava a enorme pedra.
Alguns dos comerciantes mais ricos do Rei passaram e simplesmente se afastaram da pedra, contornando-a.
Alguns culpavam em alta voz o Rei por não manter os caminhos limpos.
Mas nenhum fez nada para afastar a pedra do caminho.
Apareceu então um camponês, carregando um molho de vegetais. Ao aproximar-se do pedregulho, o camponês colocou o seu fardo no solo e tentou deslocar a pedra para a berma do caminho.
Depois de muito empurrar, finalmente conseguiu.
O camponês voltou a colocar os vegetais às costas e só depois reparou num porta-moedas no sitio onde antes estivera a enorme pedra.
O porta-moedas continha muitas moedas de ouro e uma nota a explicar que o ouro era para aquele que retirasse a pedra do caminho.
O camponês aprendeu aquilo que muitos de nós nunca compreendem!

Cada obstáculo apresenta uma oportunidade para melhorar a nossa situação."

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

confere :)

"Ela não te vai estar sempre a falar no face e a dizer que sentiu a tua falta. Mas se calhar vai entrar de 10 em 10 segundos, até tu lhe dizeres algo. Ela também não te vai estar sempre a ligar ou a mandar mensagens, porque tem medo de se tornar chata, mas responde-te sempre.

Ela não vai chegar do nada e abraçar-te à frente de todos os teus amigos, ela vai esperar até que no meio das conversas, tu apenas passes o braço pela cintura dela com um certo carinho.

Ela não vai estar sempre a seguir-te, nem vai estar sempre a olhar para ti mas quando precisares mesmo, ela irá ser a única que tu vais encontrar com um ombro para chorares, e no fim, não vai querer nada em troca a não ser o teu bem-estar.

E quando chegar a hora da despedida, dá-lhe um beijo na testa. E quando ninguém à volta estiver a ver, sussurra-lhe palavras no ouvido. Olha bem nos olhos dela, porque vão estar radiantes !

Mas não esperes que ela diga que te ama porque ela não o fará. Provavelmente, a única maneira de ela o demonstrar será gozando contigo, a dizer que nunca viu ninguém tão chato como tu, e depois irá rir-se .

E se ela fizer isso, parabéns, acabaste de ganhar o seu coração."



Acho mesmo que alguém me andou a seguir e se inspirou em mim para escrever este texto :p

domingo, 18 de setembro de 2011

Cultura: onde estás?

Pergunto-me onde vai parar a "pobre" cultura portuguesa. Viajava no comboio regional, meio de transporte para aqueles que se dispõem a perder um pouco mais do seu tempo, mas a gastar menos do seu dinheiro (que acaba por ser muito!). A quantidade de casais que ali se encontravam ainda era bastante. Mas o que chamou mais a minha atenção, foi o simples facto de todos pertencerem a um determinado estereótipo, sem querer ferir susceptibilidades. O típico homem barrigudo a ordenar à sua mulher em voz alta, que se encontra numa leitura atenta da revista mais culta portuguesa "Maria" da qual depende a sua vida social, que olhe pelo seu filho que, por uma obra do acaso também lhe pertence, e que se encontra a fazer asneiras por toda a carruagem e que tem o nome do jogador de futebol, ídolo de seu pai. (Pergunto-me quem põe o nome de Ronaldo ao próprio filho...). Com isto tudo, é caso para levantar a questão "Onde vai parar a cultura do nosso povinho, quando a vivência de uma vida que não a nossa e a ignorância é incutida na educação dos próprios filhos?"
As pessoas, simplesmente, não são educadas a ser cultas... E cada vez mais a tendência vai ser a diminuição da cultura neste país de ignorantes. Já começou a regressão com a extinção do Ministério da Cultura... qual será o próximo passo?


TLino

Destino

"O destino é um jogo de dados. Um jogo incerto e irremediável que começamos a jogar mal acabamos de nascer e cujos lances repetimos de cada vez que respiramos, sem saber se a sorte será propícia aos nossos desejos, aos nossos cuidados, às nossas ilusões ou aos nossos sonhos. E, nesse jogo trapaceiro e fantástico que nos faz esquecer os nossos próprios medos, avançamos todos os dias, escolhendo ou recusando os números da sorte ou da desgraça, e isto apesar de todo o empenho em evitar as armadilhas do destino ser tão inútil como o choro perante a morte."

Rafael Ábalos em Grimpow.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Assim não vamos lá...

Situação 1: Viajo de táxi a caminho do aeroporto. O taxista conta-me, a páginas tantas, que a mulher tem uma pequena loja de limpeza a seco e se vê grega para arranjar quem lá queira trabalhar. Por mais que faça, quem responde aos anúncios raramente aceita experimentar o trabalho e de quem ousa fazê-lo não chega a rezar a história. Nos dias que correm, já é mau alguém ver-se grego. Imagine-se grego e sem mão-de--obra...

Situação 2: Vejo uma reportagem na televisão. Queixa-se uma empresária do ramo têxtil que não encontra quem queira operar as máquinas de costura, que por isso estão paradas. Precisa de seis operadoras e... nada. O centro de emprego local até colabora - seleccionou para entrevista 17 candidatas. Sucede que dez nem sequer se deram ao incómodo de aparecer. Das demais candidatas, uma referiu que o trabalho lhe fazia falta mas não ia deixar de gozar férias, até porque já tinha casa paga. Nunca mais apareceu. Outra também disse que precisava muito de trabalhar mas tinha de ver melhor o trajecto casa emprego porque não se podia molhar toda. No dia seguinte, o marido ligou à empresária em causa dizendo que a mulher estava com uma depressão, o que a deixava indisponível para aceitar o trabalho. Chegou a haver um pedido para que fosse dada uma oportunidade a uma jovem grávida, mas, apesar da disponibilidade da empregadora, nem essa desempregada apareceu.

Situação 3: Entrevistámos uma candidata a empregada doméstica, que em visita guiada à casa nos pergunta se a televisão da cozinha "tinha" a SIC Notícias. É que a senhora gosta de ver umas notícias à hora de almoço. Grave lacuna da nossa humilde morada... Perguntou-nos ainda se tínhamos seguro de acidentes de trabalho, porque tendo a casa um pé direito daqueles de certeza que mais dia menos dia ia cair do escadote abaixo. Andar de autocarro para ir buscar os nossos filhos à escola seria um suplício. Acabámos por concordar que talvez a minha casa e o meu modo de vida não reunissem os requisitos mínimos para que a candidata pudesse exercer satisfatoriamente as funções. Apesar de nos ter dado nota da sua situação financeira aflitiva.

Há mais histórias destas? Há. Muitas? Imensas! Mais do que seria de esperar num país como Portugal em 2011. A taxa de desemprego está ligeiramente acima dos 12%, a mais alta desde que aderimos à então denominada Comunidade Económica Europeia. Regista-se um movimento notório de fuga de muita mão-de-obra estrangeira, designadamente daquela que nas últimas décadas se prestou a ocupar milhares de postos de trabalho para os quais não havia portugueses disponíveis.

Tudo isto dá muito que pensar. Podem dizer-me que a nossa população activa está, em geral, mais qualificada e habituou-se nas décadas mais recentes a padrões de vida mais elevados. Por isso, oferece resistência à aceitação de trabalhos menos qualificados e menos bem remunerados. Admitamos que sim. Mas não será essa visão bastante redutora e assaz distorcida da realidade? Como é que se justifica que entre tantas centenas de milhares de portugueses desempregados não se encontrem num estalar de dedos meia dúzia de pessoas para operarem algumas máquinas de costura? Ou para trabalharem atrás de um balcão de uma loja? E o papel do Estado no meio de tudo isto? Como é que se admite que pessoas inscritas nos centros de emprego não compareçam a entrevistas de trabalho sem uma muitíssimo boa justificação? Quem é que paga esse descaramento?

Algo de muito errado se passa. Como se costuma dizer, há muita gente que não está a ver bem o filme. Na maior parte dos casos são aqueles que, ao invés de trabalho, procuram emprego. Assim não vamos lá...

Advogado

domingo, 21 de agosto de 2011

"I'll always be beside you until the very end, wipping all your tears away, being your best friend. I'll smile when you smile & feel all the pain you do & if you cry a single tear, I promise I'll cry too"

Thanks for being my best friend :) LY <3

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Amorzade

” O pintor italiano Valerio Adami dedicou-me assim um desenho Com Amorzade e a justeza da expressão surpreendeu-me: não me tinha passado pela cabeça que é exactamente o que sinto pelos meus amigos, os vivos, e aqueles que morreram, ou antes, não morreram, só não puderam vir hoje, logo à noite ou amanhã telefonam e estarão no sítio em que combinámos, sem falta, e a gente a abraçar-se às palmadas nas costas. Porque razão os homens se abraçam sempre às palmadas nas costas? Sobretudo se estivermos uns tempos sem nos vermos é um festival de pancadaria cúmplice, acompanhado de palavras ternas tais como

- Meu cabrão

e outras doçuras do género. “

by António Lobo Antunes

Obrigada a todos pela vossa "Amorzade" :)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

intensidade

" O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."(Fernando Pessoa)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A "geração Morangos" e a morte do artista


03.07.2011 - 20:44 Por Paulo Moura, Público

Na parede junto ao balcão do bar Porão de Santos está afixada a lista dos shots: Bacanal, Orgia, Orgasmo, Broche, Chupa no Grelo. Todos à base de vodca, rum e gim. São duas da manhã e, dentro e fora do bar, nas mesas da esplanada ou de pé à porta, há dezenas de jovens de 15, 16 anos. Alguns notoriamente mais novos. Os rapazes de cabelos compridos e penteados complicados, as raparigas de saltos altos e roupas exíguas.

O empregado sai com uma bandeja cheia de shots para uma mesa. Ele, a decoração do bar, a zona onde está situado - o Largo de Santos, junto ao teatro A Barraca e ao bar Estado Líquido - não se parecem nada com os cenários da série Morangos com Açúcar. Os jovens, sim. Os cabelos, as roupas, os gestos, os tiques de linguagem, tudo parece copiado da série da TVI.
"São péssimos, mas eu adoro", diz Mafalda, 19 anos, a respeito dos "Morangos". É estudante, tal como as três amigas que a acompanham, todas entre os 18 e os 19 anos - Francisca, Inês e Teresa. "Não representam a nossa geração." Quer dizer, talvez representem, mas "representam mal", corrige. "O povo real, a juventude, não são assim. Aquilo são maus actores, e as histórias não dão bons exemplos.
As quatro amigas enumeram as críticas, embora conheçam de cor todas as personagens e episódios. "É sexo atrás de sexo", diz uma. "A minha mãe proibia-me de ver. É mau exemplo." Outra tem a comentar que as histórias são pobres e sempre iguais, o que se deve à escassez de actores e personagens. "Devia haver mais", sugere.
"Dantes era melhor", diz outra. Todas admitem que adoravam quando eram mais novas. Aos 12, 13 anos, não perdiam um episódio. Identificavam-se. Agora já não. "As personagens só pensam em sexo. Miúdas de 16 anos a fazer sexo." Acham mal, não gostam, não se sentem identificadas. Mas vêem. "São momentos de estupidez nos intervalos do estudo", explica uma. "Talvez no Seixal as pessoas se identifiquem mais."
Encontram outro grupo que desce a rua que vem do Largo do Conde-Barão, onde várias lojas de conveniência decidiram vender bebidas alcoólicas e se transformaram em bares de rua. Aqui, na Avenida D. Carlos I e na subida da Rua das Janelas Verdes, há milhares de jovens na rua, dentro ou à porta dos bares, em grupos barulhentos, circulando de um lado para o outro, muitos visivelmente embriagados, à medida que nos aproximamos das 3, 4 da manhã.
No interior de alguns carros estacionados em locais estrategicamente pouco visíveis mas de onde se pode ver bem a zona, alguns homens de meia-idade esperam pacientemente. Pelo ar aborrecido vê-se que não são pedófilos, nem polícias à paisana tentando identificar os bares que vendem álcool a menores. São pais que esperam que os filhos terminem a noitada, enquanto os vigiam mais ou menos discretamente.
"Aquilo é ridículo. Os alunos da escola todos a dançar. Ninguém faz isso. Nas escolas da vida real as pessoas não passam a vida a dançar." Sofia e Madalena têm 16 anos. Dizem que viam e gostavam dos "Morangos" quando tinham 11, 12 anos. "Agora é só gays, maricas, ordinarices." Juntam-se três rapazes, José, Diogo e David, de 19 anos, estudantes do 1.º ano de Direito. Concordam com as amigas quanto à parte dos "gays e ordinarices". Viam a série quando eram mais novos. "Foi importante para todos nós. Eles era como se fossem nossos amigos. Além dos nossos amigos reais havia também aqueles, não fazíamos distinção."
Não gostavam dos D"zrt, a banda criada pelos produtores dos "Morangos" que depois saltou para a vida real e de que fazia parte Angélico. Mas ouviam, e foram a concertos. "A música não era má. Eu reconheço que era boa música", diz José, dividido entre uma certa obrigação de denegrir a "cultura Morangos" e a necessidade pessoal de defender a série e a música com as quais cresceu. "Eles levavam muita gente atrás, não há dúvida." Ao contrário dos amigos, que ambicionam apenas ser advogados, José pertence à Juventude Popular e não descarta a possibilidade de vir a "servir o país", se necessário.
No bar Refúgio das Freiras está tudo a dançar, incluindo as empregadas atrás do balcão, tão jovens como os clientes. As bebidas aqui têm um nome que não engana: balde. Balde de Cerveja, Balde de Vodca, Balde de Caipirinha. A porta está guardada por dois seguranças que não perguntam a idade a ninguém.
Carolina e Filipa, de 15 anos, Rita e João, de 16, também andam de bar em bar. "Quando éramos mais novos, não perdíamos um episódio" dos "Morangos". Identificavam-se com as personagens, aprendiam com elas a forma de vestir, as expressões. "Aquilo era viciante." Falavam como eles, pensavam como eles. "À hora a que passava o episódio não se via nenhum jovem na rua."Admitem que foram influenciados. Que não seriam o que são hoje se não tivesse havido os "Morangos". "Eu passei pelos mesmos problemas que as personagens passavam", diz João. "Eles ajudaram os jovens." Carolina e Filipa admitem que eram fãs de Angélico - mas quando tinham 9 anos. "Aprendemos muito. Todos usávamos as mesmas expressões. Sofremos a influência deles. Foi uma boa influência." Apontam para um par de namorados que se beijam: "Aquilo também é influência dos "Morangos". As histórias são sempre à volta disto. Um que gosta de outro e depois ficam juntos." Na vida real também é assim. Muito por influência dos "Morangos", acha este grupo. "Os Morangos com Açúcar ensinaram-nos a namorar."

Aplausos no funeral

Quando começa a sair fumo pela chaminé do crematório do cemitério de Vale Flores, no Feijó, há uma salva de palmas. Tudo o que Angélico fazia na vida era digno de aplauso. Por que razão seria agora diferente? Milhares de pessoas acompanharam o corpo do jovem actor e músico da Igreja do Laranjeiro ao cemitério do Feijó. No edifício do crematório só entram familiares e VIPs. Cantores, actores, modelos, figuras conhecidas da televisão são, por natureza, amigos de Angélico. Os outros são admiradores.
"Aposto que mais de 80 por cento das pessoas que estão aqui só vieram para aparecerem na televisão", diz um jovem negro de t-shirt sem mangas. O sol está insuportável. Há pessoas a desmaiar. "Ele era um rapaz muito alegre", diz Daiena, 19 anos, que diz ser vizinha dos tios de Angélico. "Estava sempre a rir. Era uma pessoa boa, que gostava de ajudar", diz Filomena, 47 anos, angolana, residente em Almada. Todos exaltam as características humanas de Angélico. Ninguém refere as artísticas. Mas ninguém lamenta a morte do ser humano. Antes celebram mais um episódio espectacular da vida de um "artista".
Angélico nunca quis ser músico ou actor. Foi "descoberto" por uma agência de modelos por ter um corpo escultural, e aos 21 anos foi seleccionado para integrar o elenco dos Morangos com Açúcar, uma série que inventou padrões estéticos, expressões de linguagem e modelos de comportamento para os adolescentes consumirem e imitarem. A banda D"Zrt também foi criada artificialmente, como elemento ficcional, e os seus membros foram escolhidos por casting.
"Ele era humilde. Um rapaz simples e bom", diz José, 42 anos, angolano a viver no Feijó, a respeito de Angélico, o músico "fabricado" que cobrava 15 mil euros por concerto e mil a dois mil euros por uma simples presença numa festa.
"Há pessoas que vêm a este mundo e cativam toda a gente. Outras não", explica Alberta, 61 anos. "Esse moço era assim. Arrastava todo o mundo atrás dele. Sabe-se lá porquê."
Enquanto decorre a cremação, circulam cá fora informações contraditórias, conspirativas, fantásticas. Angélico levava cinto de segurança, não levava, o carro tinha seguro, não tinha, quadrilhas de criminosos estavam presentes no funeral, etc. "O meu pai é mecânico e diz que é impossível que uma roda salte num carro daqueles. Aquilo foi alguém que desaparafusou... há muitas invejas."
Quando a mãe de Angélico sai do crematório, há palmas de novo. Quando sai Rita Pereira, actriz e ex-namorada de Angélico, a multidão aplaude e grita sincopadamente, como se puxasse pela sua equipa de futebol: "Rita! Rita! Rita!"
Uma menina negra de cabeleira enorme e uns 6 ou 7 anos de idade pergunta à mãe:
"Cremado quer dizer que ele está a ser queimado?"
"Sim, filha."
"Queimado, mesmo todo a arder?"
"Sim", responde a mãe, sem prestar muita atenção."Mãe, eu quando morrer também quero ser cremada."

quinta-feira, 30 de junho de 2011

A prenda


Ao que parece um simples obrigada não chega! A cada dia percebo que só tenho motivos para te agradecer o facto de poder partilhar todos os momentos contigo :)

Não tenho palavras! Obrigada *


quarta-feira, 29 de junho de 2011

do perfeito ao imperfeito



andei...
sobre o chão que já queimava de tantas voltas que dava
como alguem que se perdeu
e acordei...
de uma noite mal dormida, de quem está de mal com a vida
o que é que te aconteceu?

do perfeito ao imperfeito
a distancia é tão igual
se me as vezes falta o jeito, estou longe de ser perfeito,
mas não me leves a mal...

andei...
por essa cidade fora como alguem que se apavora
como alguem que se apavora
chorei...
que a saudade fosse embora, porque um homem quando chora
mais por dentro que por fora, mais por dentro que por fora
e parei...
descansei entre dois braços que sabiam os meus passos
é tão bom olhar para ti...

se também tiveste medo
nisso então estamos iguais
se algum dia me perdeste sei que nunca me esqueceste...
se também tiveste medo
nisso então estamos iguais
se algum dia me perdeste sei que nunca me esqueceste
não me percas nunca mais...não me percas nunca mais....
não me percas nunca mais...

...

28 Jun: The worst day of my life...

segunda-feira, 27 de junho de 2011

pequena homenagem a um grande Homem


Porque as homenagens não se fazem só a quem já partiu...
Porque quem faz o nosso presente tem direito a conhecer o seu valor..
Porque quem nos faz feliz, merece o mundo..e ainda assim é pouco..
Porque quem faz parar o mundo com um abraço, nos faz sentir perto quando estamos longe...
Porque mesmo só com a amizade, me fazes a pessoa mais feliz do mundo..
Porque és um grande Homem e o meu porto de abrigo...
Porque és o melhor, e para o melhor não há palavras...

ou há... um grande OBRIGADA*
adoro-te*

sábado, 18 de junho de 2011

é hoje :D



Após uma desesperante espera, hoje vai ver o Johnnyzinho em Pirata das Caraíbas :D

domingo, 27 de março de 2011

O poço

Em cada dia surge um novo contratempo. Em cada dia podemos pensar que é o fim. Em cada dia pensamos que batemos lá bem no fundo do poço e não temos como de lá sair. Em cada dia sentimos que magoamos alguém. Em cada dia sentimos a efemeridade da vida. Em cada dia podemos perder mais do que ganhamos. Em cada dia sentimos culpa. Em cada dia vemos o tempo desaparecer. Em cada dia damos pouco valor ao que realmente importa. Em cada dia perdemos a noção. Em cada dia sentimo-nos derrapar. Em cada dia vivemos no deserto. Em cada dia sentimo -nos afundar.

Devemos nós fazer destes pequenos desertos, terras férteis!
Devemos nós ser poços de água viva!

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

...

There is a pleasure in the pathless woods...

There is a rapture on the lonely shore...

There is a society where none intrudes...

By the deep sea and music in its roar...

I love not man the less, but Nature more...

From these our interview, in which I steal...

From all I may be, or have been before.

To mingle with the Universe and feel...

What I can never express, yet cannot all conceal.

Byron

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

e agora?

Sim, sofro de mau humor, tenho mau feitio, sou chata, antipática, etc.,etc.,etc.

E agora? Querem um biscoito?

sábado, 29 de janeiro de 2011

Society




Society, you're a crazy breed,
I hope you're not lonely without me...

I hate

But mostly I hate the way I don't hate you,

not even close,

not even a little bit,

not even at all.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Cativa-me


Foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu o principezinho com delicadeza. Mas ao voltar-se não viu niguém.
- Estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? És bem bonita...
- Sou uma raposa.
- Anda brincar comigo, propôs-lhe o principezinho. Estou tão triste...
- Não posso brincar contigo. Ainda ninguém me cativou.
- Ah! Perdão...
Mas depois de ter reflectido, acrescentou:
-Que significa "cativar"?
- Tu não deves ser daqui. Que procuras?
- Procuro os homens, disse o principezinho. Que significa "cativar"?
- Os homens, disse a raposa, têm espingardas e caçam. é uma maçada. Também criam galinhas. é o único interesse que lhes acho. Andas à procura de galinhas?
- Não. Ando à procura de amigos. Que significa "cativar"?
- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu. Significa "criar laços"...
- Criar laços?
- Isso mesmo. Para mim, não passas, por enquanto, de um rapazinho em tudo igual a cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu não precisas de mim. Para ti não passo de uma raposa igual a cem mil raposas. Mas, se me cativares, precisaremos um do outro. Serás para mim único no mundo. Serei única no mundo para ti...
- Começo a compreender... Existe uma flor... creio que ela me cativou.
- É possível. Vê-se de tudo à superfície da terra...
- Oh! Não é na Terra.
A raposa mostrou-se muito intrigada.
- Noutro planeta?
- Sim.
- Há caçadores nesse tal planeta?
- Não.
- Isso tem muito interesse. E galinhas?
- Não.
- A perfeição não existe, suspirou a raposa, levo uma vida monótona. Eu caço galinhas e os homens caçam-me a mim. Todas as galinhas são iguais. Por isso me aborreço um pouco. Mas, se tu me cativares, será como se o Sol iluminasse a minha vida. Distinguirei, de todos os passos, um novo ruído de passos. Os outros passos fazem-me esconder debaixo da terra. Os teus hão-de atrair-me para fora da toca, como uma música. E depois, olha! Vês lá adiante os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me dizem nada. E é triste. Mas os teus cabelos são cor de oiro. Por isso quando me tiveres cativado, vai ser maravilhoso. Como o trigo é doirado, fará lembrar-me de ti. E hei-de amar o barulho do vento através do trigo...
A raposa calou-se e olhou por muito tempo para o principezinho.
- Cativa-me, por favor, disse ela.
- Tenho muito gosto, mas falta-me tempo. Preciso de descobrir amigos e conhecer muitas coisas.
- Só se conhecem as coisas que se cativam. Os homens já não têm tempo para tomar conhecimento de nada. Compram coisas feitas aos mercadores. Mas como não há mercadores de amigos, os homens já não têm amigos. Se queres um amigo, cativa-me.
- Como é que hei-de fazer?
- Tens de ter muita paciência. Primeiro, sentas-te um pouco afastado de mim, assim na relva. Eu olho para ti pelo rabinho do olho e tu não dizes nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, de dia para dia, podes sentar-te cada vez mais perto...

Antoine de Saint-Exupéry

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Save my brother first

'Save My Brother First': Boy, 13, Sacrifices Life in Australian Flood

By Comcast News

Thu, 13 Jan 2011 17:57:51 GMT


Editor's Note: This post contributed by Mara Gay originally appeared on January 13 on AOLNews.com.


Jordan Rice was only 13, but when he realized not all of his family could be saved, he ended up making the ultimate sacrifice.

As floodwaters rushed up around him and his family, the Toowoomba, Australia, boy -- who was afraid of the water -- made a decision that would cost him his life: His little brother should be rescued first. Rice and his mother were swept away and drowned in the country's massive floods this week.

"Jordan can't swim and is terrified of water," his father, John Tyson, told the Toowoomba Chronicle. "But when the man went to rescue him, he said 'save my brother first.'"

Tyson said he was heartbroken but proud of his son. "I can only imagine what was going on inside to give up his life to save his brother, even though he was petrified of water. He is our little hero."

Rice is being hailed as a hero today after he gave up his life for his younger brother Blake, 10, when his family's car got caught in the floodwaters that have so far killed at least 15 people and left 70 others missing.

Warren McErlean, a passerby who tried desperately to save the family when their white Mercedes began to flood Monday, said he was in awe of Jordan's courage but devastated that he could not rescue the boy or his mother. In an emotional interview, McErlean said he and two others who stopped to help the family were using rope to pull 43-year-old Donna Rice and her two sons to safety when Jordan told them to save his brother and mother first.

McErlean said the youngster helped rescuers lift Blake out of the flood waters, then begged them to take his mother next as the rushing waters became stronger.

"Jordan grabbed [Blake] and helped him onto the car. ... Jordan was getting up but he wouldn't go. He couldn't swim. But he helped his mom onto this guy's back ... the current was so strong," McErlean told Australia's 2UE954 Radio, his voice breaking.

"He was just pleading with me: 'Please save my mum,'" McErlean told The Australian. The men managed to rescue Blake but when they returned to the car to help Jordan and his mother, the current was too much. Mother and son were swept away. "It's just terrible. I just kept telling the boy it was going to be all right and it wasn't, and I'm just very, very sorry for him and his family that I couldn't do some more," McErlean said.

Tyson said Donna Rice, his partner of 28 years, was an incredible woman who tried to save their son. "They both clung to a tree, and when Jordan couldn't hang on any more Donna let go and tried to save him," he told The Australian. "The last thing she did was to try to save her son. She would go without to give her boys everything. She was the most incredible person; she loved me for what I was and I loved her."

sábado, 15 de janeiro de 2011

ao autor de todos os poemas


Meu poeta,

já sinto obrigação de retribuir todas as palavras que me disseste, todas as rimas que fizeste, todos os versos que me deixaste, todos os poemas que compuseste.
O que antigamente era uma perda de tempo, hoje torna-se indispensável. Confesso que é com curiosidade, ansiedade e enorme felicidade que passei a visitar a minha caixa de correio todas as manhãs. Só a certeza de que, na manhã seguinte, encontrarei lá um porto de abrigo para a minha alegria o dia inteiro, dá-me uma noite mais tranquila.
Nunca acreditas em mim, mas a verdade é que só tu, os teus gestos, as tuas palavras me fazem sentir verdadeiramente bem. Nunca houve, nem decerto haverá, ninguém que me dedicasse palavras tão sinceras, gestos tão carinhosos, "mimos" tão reconfortantes, nem tão pouco a felicidade plena que me dás.
Todos os dias surge em mim uma nova força, porque sei que tu irás estar sempre ao meu lado e me farás feliz! Só me resta agradecer-te! :)
Obrigada por seres quem és! Obrigada pelo carinho que me dás! Obrigada pelas palavras que me dedicas! Obrigada pelo sorriso que me pões! Obrigada pelo teu nosso abraço! Obrigada por TUDO!
Sabes que te adoro! :)

A ti, um grande bem-haja

um grande beij*

Princesa

Acreditar

Enches a minha alma
Como diz o nosso Palma
Tornei-me um optimista céptico
Em certas coisas de acreditar deixei
Noutras ainda agora comecei
Nós, eu e tu
Fizeste-me acreditar!
És tu quem me o faz!
Tudo isso e muito mais
Em ti e no teu nosso
Sabes que sei que posso
Acreditar no nosso abraço
No nosso em mais nenhum
Agora há alguém
Que me faça feliz
E eu o faça também
E esse alguém és tu!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Do teu nosso abraço


Não soube por onde andava

Mas continuei a mesma estrada

E foi isso que fiz.

Encontrei-te pelo caminho

E já não me senti sozinho

Fizeste-me tão feliz.

Com a tua simplicidade

Mostraste que a felicidade

É algo que eu próprio faço.

Tocaste a minha melodia

Era o que precisava e queria

Marcaste o meu compasso.

Antes estava desnorteado

Fora do ritmo apressado

Disseste-me onde era o Norte.

Escreveste nas linhas tortas

E a intensidade das tuas notas

Ficaram cada vez mais fortes

Deste modo te mostro

Que na vida és o meu maestro

Tiras-me o embaraço.

Agora o meu coração está quentinho

Por estar a tocar pertinho

Do teu nosso abraço.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

good morning, my darling

Quero passar a minha mão
Na tua que é macia
Deitar no teu colo
Embalado p’la melodia.

Olhar-te nos olhos
Enrolar-me no teu manto
Suave aos molhos
Dizer-te que gosto tanto.

Contigo tudo é belo
Pescaste-me com dois anzóis
Mais o cheiro do teu cabelo
Frutis hidra-caracóis.


Vem p'ra junto de mim
Meu anjo! Minha pequena!
Abraça-me e fica assim!
Sei que vales a pena.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Abraça-me


Abraça-me
Não me largues mais
Faz magia. Sê vidente.
Como diz a avó:
Elas são todas iguais
E eu pergunto: Quais?
Porque sei que és diferente.
Só não percebe quem não o sente
Porque nunca ficamos sós
Eu e tu somos nós!
Vou ficar tão contente!
Neste momento peço a Deus
Para ouvir as minhas preces
Quero dar aos teus braços os meus
Porque tu também mereces.
Quero sentir-te aqui
Sentir a tua respiração
Como eu gosto de ti
Não tem limites e não...
Com toda a gentileza
Vem aqui ao pé
Despeço-me assim, Teresa
Com um beij* para ti, Té.