quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Saudade de Coimbra

Ainda um dia gostava de descobrir como é que todos os outros cidadãos deste imenso mundo, conseguem descrever algo tão angustiante e ao mesmo tempo reconfortante que é a saudade. Aquela palavra tão e só portuguesa, que nos faz querer voltar atrás do tempo, que nos faz querer mudar de lugar, que nos faz chorar um sem número de vezes e que nos arranca o coração do peito de uma forma tão violenta, que nos deixa sem forças para conseguir suportar a dor da ausência.
Só conhecia o termo dos grandes romances que a literatura nos obrigava a esmiuçar, para tentar perceber realmente o que o autor sentia. Conhecia do sofrimento de outros. Conhecia da dor da ausência de alguém que nos é querido. Mas foi com Coimbra que percebi o que realmente era isto da saudade.
Cada sorriso arrancado, cada lágrima chorada, cada momento passado, cada amor vivido, cada amizade construída, cada batalhada vencida e cada obstáculo superado... tudo isto por ti Coimbra, foi o que me alimentou a alma durante os últimos cinco anos que aí passei. Recebes todos aqueles que por aí passam, como se fossem convidados de honra. Todos se sentem especiais. O acolhimento a que nos habituaste faz-nos ver em ti o verdadeiro LAR. É em ti que nos sentimos bem, é em ti que conhecemos a tradição, é em ti que crescemos e nos tornamos Homens, é em ti que nos tornamos saudade.
Cada lágrima que ainda hoje choro é de saudade, porque sei que foi em ti que passei os melhores anos da minha vida.

A todos os que ainda vivem Coimbra, aproveitem, porque quando a despedida chegar, vão sentir a maior perda das vossas vidas.