À tua palavra me acolho, lá onde
o dia começa o corpo nos renasce...
Regresso, recém-nascido, ao teu regaço,
minha mais funda infância, meu paúl...
Voltam, e novo, as folhas para as árvores
e nunca as lágrimas deixaram os olhos...
Nem houve céus forrados sobre as horas,
nem míseras ideias de cotim
despovoaram alegres tardes de pássaros...
O sol continua a ser o único
acontecimento importante da rua.
Eu passo, mas não peço às árvores
coração, para além dos frutos...
Tu és ainda o maior dos mares
e embrulho-me na voz com que desdobras
o inumerável número dos dias!
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