domingo, 18 de setembro de 2011

Cultura: onde estás?

Pergunto-me onde vai parar a "pobre" cultura portuguesa. Viajava no comboio regional, meio de transporte para aqueles que se dispõem a perder um pouco mais do seu tempo, mas a gastar menos do seu dinheiro (que acaba por ser muito!). A quantidade de casais que ali se encontravam ainda era bastante. Mas o que chamou mais a minha atenção, foi o simples facto de todos pertencerem a um determinado estereótipo, sem querer ferir susceptibilidades. O típico homem barrigudo a ordenar à sua mulher em voz alta, que se encontra numa leitura atenta da revista mais culta portuguesa "Maria" da qual depende a sua vida social, que olhe pelo seu filho que, por uma obra do acaso também lhe pertence, e que se encontra a fazer asneiras por toda a carruagem e que tem o nome do jogador de futebol, ídolo de seu pai. (Pergunto-me quem põe o nome de Ronaldo ao próprio filho...). Com isto tudo, é caso para levantar a questão "Onde vai parar a cultura do nosso povinho, quando a vivência de uma vida que não a nossa e a ignorância é incutida na educação dos próprios filhos?"
As pessoas, simplesmente, não são educadas a ser cultas... E cada vez mais a tendência vai ser a diminuição da cultura neste país de ignorantes. Já começou a regressão com a extinção do Ministério da Cultura... qual será o próximo passo?


TLino

Destino

"O destino é um jogo de dados. Um jogo incerto e irremediável que começamos a jogar mal acabamos de nascer e cujos lances repetimos de cada vez que respiramos, sem saber se a sorte será propícia aos nossos desejos, aos nossos cuidados, às nossas ilusões ou aos nossos sonhos. E, nesse jogo trapaceiro e fantástico que nos faz esquecer os nossos próprios medos, avançamos todos os dias, escolhendo ou recusando os números da sorte ou da desgraça, e isto apesar de todo o empenho em evitar as armadilhas do destino ser tão inútil como o choro perante a morte."

Rafael Ábalos em Grimpow.