sábado, 7 de agosto de 2010

claustrofobia

Uma,… duas,… três,…quatro! Quatro horas ainda não dormia, desde que tinha decidido ir para aquele que é para uns o conforto, mas para uma minoria um sacríficio. Mas esta já prometia ser uma daquelas noites, iguais a tantas últimas destes derradeiros dez anos. As letras do livro apareciam desfocadas, o filme parecia incrivelmente aborrecido e o zzzzzzzzzz do raio do mosquito…nada fazia com que conseguisse dormir! As primeiras horas até foram passando, trocando mensagem com este que se lembra de nós passado tanto tempo que até parece milagre (é bom saber que há quem se lembre de nós antes de adormecer!) e com aquele outro com o qual, se não as trocássemos, não seríamos as mesmas pessoas! Parece que só o copo de leite acabado de sair do frigorífico, nos ajuda a passar melhor a noite. (Engraçado que até isso uma cidade consegue mudar…odiava leite frio até ir para a grande cidade académica! J )

Mas depois de andar um dia inteiro aborrecida, era obviamente óbvio que a noite não ia ser propriamente bem passada. Aquela sensação de claustrofobia… de querer fugir de tudo e de todos. Mais um dia fechado nesta casa que nunca me parecera tanto uma masmorra como agora, pôs-me ainda mais com o desejo de “cair fora”. Estou cada vez mais farta desta cidade. E o mais engraçado é que só cá estou há 18 dias. Este cheiro a turista de garrafão vindos do tão perto Famalicão e Guimarães (sem ofensa Tiago :p), outros que são “avecs” do Paris de França, as miúdas que tentam exibir o que não têm, os gunas desesperados pelo que não vêem…só situações!!! Quero sair…mas não tenho com quem. Obviamente que uns com as férias de família, outros com os namorados e outros que vão dar os seus passeios… obviamente que todos tentam aproveitar ao máximo para o convívio, bronze e até para trabalhar. A acrescentar isto tudo, as saudades apertam cada vez mais! Nem as aulas de TED conseguiam ser tão entediantes. O desejo de sair i/emigrar é tão grande, mas possibilidade de voar é tão baixa. Tudo pela falta daqueles pequenos pechisbeques que mais parecem botões de ouro.

Mas as coisas hão-de se resolver e esperemos sinceramente que em Setembro possa estar de volta à grande vivência de cada ano. J

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