sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Segunda infância

À tua palavra me acolho, lá onde

o dia começa o corpo nos renasce...


Regresso, recém-nascido, ao teu regaço,

minha mais funda infância, meu paúl...


Voltam, e novo, as folhas para as árvores

e nunca as lágrimas deixaram os olhos...


Nem houve céus forrados sobre as horas,

nem míseras ideias de cotim

despovoaram alegres tardes de pássaros...


O sol continua a ser o único

acontecimento importante da rua.


Eu passo, mas não peço às árvores

coração, para além dos frutos...


Tu és ainda o maior dos mares

e embrulho-me na voz com que desdobras

o inumerável número dos dias!

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